Estudantes de Direito compareceram ao auditório da Uninassau para assistir aos julgamentos nesta segunda (23).

Mais de 200 estudantes de Direito da Uninassau participaram, nesta segunda (23), da sessão extraordinária da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). A ação, que faz parte do projeto "Interagindo com a Comunidade Acadêmica", julgou 15 processos.

Os estudantes acompanharam o julgamento de agravos, apelações, embargos, entre outros. O órgão colegiado é composto pelos desembargadores Tutmés Airan e Paulo Lima, e pelo juiz convocado Manoel Cavalcante, que substitui o desembargador Klever Loureiro.

O presidente em exercício da 1ª Câmara Cível, Tutmés Airan, destacou que o projeto permite uma experiência rica tanto para os universitários quanto para a Justiça. Airan afirmou que percebe o grande interesse da comunidade acadêmica durante as sessões.

“É um projeto mais do que jurídico, é um projeto pedagógico. E esse tipo de atividade acaba sendo um privilégio, porque asfalta o caminho desse conhecimento prático", comentou o desembargador. 

Desembargador Tutmés Airan demonstrou sua satisfação com o projeto e com o interesse dos estudantes. Foto: Caio Loureiro.

Esta foi a quarta vez que o projeto do TJAL levou uma sessão de julgamento à Uninassau de Maceió. O coordenador do curso de Direito, Vitor Montenegro, ressaltou a importância dessa proximidade do Judiciário e de que forma reflete na formação dos alunos.

“É a partir de experiências como esta que o aluno vê uma sustentação oral, um julgamento, que ele se inspira e se identifica como um advogado, juiz ou assessor, e realmente se engaja ao curso”, disse o coordenador.

Interação acadêmica

A secretária da 1ª Câmara Cível, Margarida Melo, abriu o evento com a palestra de tema “O Poder Judiciário alagoano/1ª Câmara Cível". Ela explicou o que é a 1ª Câmara Cível, quais processos são julgados pelo colegiado e como funciona a segunda instância do Judiciário.

“Os alunos geralmente são mais próximos apenas da figura do juiz, mas não dos desembargadores. Então é importante trazer essa noção para que eles entendam melhor e se aproximem das figuras do colegiado”, acrescentou Margarida.

Margarida Melo explicou o funcionamento do órgão colegiado antes da sessão extraordinária. Foto: Caio Loureiro.

Os alunos acompanharam também a palestra do procurador de Justiça, Walber Valente, que explicou o papel do Ministério Público Estadual em julgamentos de segundo grau.

Expectativas profissionais

Para o estudante do 10º período de direito, Arkiman Pires, a sessão foi fundamental para entender o funcionamento do Judiciário na segunda instância.

“Essa aproximação entre o Poder Judiciário e a Academia, e esse momento para nós estudantes é extremamente rico, porque descortina uma série de possibilidades para a nossa carreira”, relatou o aluno.

Já para a aluna Alícia Bezerra, que está iniciando sua formação, no 2º período, a experiência terá impacto para seu futuro acadêmico e profissional. Ela afirmou que pretende fazer concurso na área e assistir às palestras antes da sessão a estimulou ainda mais.

“Esse é o primeiro contato que estou tendo com uma sessão de julgamento e conhecer um pouco mais da área já dá aquele brilho no olhar”, frisou Alícia.

A aluna Alícia Bezerra, do 2º período do curso de Direito, aprovou a ação do TJAL. Foto: Caio Loureiro.

A secretária Margarida Melo afirmou que há previsão para atender outras faculdades com o projeto ainda este ano.

Carol Neves - Dicom TJAL

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