O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) é um dos sete TJs do país que alcançaram 100% de processos eletrônicos nos dois graus de jurisdição. O destaque foi dado no relatório Justiça em Números 2020, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nessa terça-feira (25).

Não ingressam mais processos físicos no Judiciário de Alagoas desde outubro de 2014. De acordo com o desembargador Domingos Neto, coordenador do Comitê de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJAL, a virtualização trouxe mais celeridade e segurança aos processos. Ainda segundo ele, não seria possível aos magistrados e servidores atuarem na pandemia se os processos não tramitassem em meio virtual.

"A virtualização facilita o acesso ao Judiciário e o trabalho remoto. Se o nosso acervo não fosse digitalizado, não haveria a mínima possibilidade de trabalho na pandemia, pois haveria a necessidade de circulação de processos físicos", destacou.

Segundo o diretor de Tecnologia da Informação do Tribunal, José Baptista, 0,2% dos processos no Judiciário estadual ainda são físicos (em papel), em geral por estarem na fase final de tramitação ou por ainda não constarem como baixados no sistema. "Temos uma fábrica de digitalização, mas, por conta da pandemia, houve suspensão temporária de suas atividades, que já foram devidamente retomadas", explicou. A expectativa é que, até o final deste ano, o TJAL não possua mais nenhum processo físico em tramitação.

Além do Tribunal de Justiça de Alagoas, alcançaram 100% de processos eletrônicos nos dois graus de jurisdição os TJs do Paraná, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Acre e Sergipe.