Os livros O Conto da Aia, de Margaret Atwood, e Farenheit 451 de Ray Bradbury, foram as obras discutidas na última live do projeto Esmal ao Vivo, transmitida nesta quinta-feira (30), no Instagram do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). Na oportunidade, a diretora da Biblioteca Geral do Judiciário, Mirian Alves, convidou os servidores Andréa Santa Rosa e Gustavo Tenório, integrantes do Clube do Livro: Direito e Literatura, grupo de leitura da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).
No encontro, os servidores discutiram os aspectos sociais dos livros, comparando-os com a nossa realidade. Na primeira parte da live, a servidora Andréa conversou com Mirian sobre O Conto da Aia, um romance distópico onde as mulheres são vistas unicamente como ferramentas, sendo as aias as responsáveis pela procriação. Confira a live na íntegra.
Andréa contou que a obra mostra a opressão e machismo que as mulheres vivem, e que isso pode ser percebido no cotidiano. No livro, a opressão que as mulheres sofrem é bem forte. É interessante que a gente leia pensando 'isso acontece na nossa vida?', porque muitas vezes nós temos o costume de dizer que certas situações machistas são coisas insignificantes ou só brincadeiras", disse.
"Vivemos em uma sociedade machista e opressora e é importante que nós estejamos atentas a esse tipo de violência, como também para não perdermos os nossos direitos tão arduamente conquistados. É uma forma de respeito às mulheres que vieram antes e às que virão depois", ressaltou a diretora Mirian. "Trazer os homens e ampliar o diálogo sobre essa questão é importante também. Não é só dizer para as mulheres denunciarem a opressão e as agressões, é também dizer aos homens para que não o façam", complementou Andréa. Leia o artigo da servidora Andréa Santa Rosa sobre a obra.
Já na segunda parte da live foi discutido o livro Farenheit 451, que mostra uma sociedade futura onde os livros são proibidos e o trabalho dos bombeiros é queimá-los. O servidor Gustavo Tenório pontuou que, na obra, o fato da literatura trazer reflexões é o que a torna perigosa aos olhos daquela sociedade. Além de fecharem as universidades, os livros foram proibidos. Então a gente vê o perigo que ele simboliza, o significado que tem esse objeto, as ideias. É uma sociedade de controle, onde não é permitida a pluralidade de conhecimento, destacou.
Com essa transmissão, o projeto Esmal ao Vivo chegou ao fim de seu primeiro ciclo de lives no Instagram do TJAL (@tjal.oficial). Ainda no modelo online, nos dias 3 e 4 de agosto, a Escola transmite o webinário Democracia e Judiciário: Liberdade, Convivência e Tolerância, que trará palestras de juristas nacionais e internacionais. O evento é aberto para magistrados, servidores, estudantes e público em geral. Inscrições por este link, até segunda-feira (3). Confira a programação.
Lucas de França - Esmal TJAL
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